What I born to be

Me perguntam desde os doze o que eu gostaria de ser quando crescesse.
E nunca tive ideia.
São muitas possibilidades e uma carga muito pesada para se carregar sobre o que desejamos ser para o resto de nossas vidas.

Já tive muitas profissões quando criança. Estilista, arquiteta, administradora, contadora, desenhista, escritora, médica, médica veterinária, bióloga, perita criminal, jornalista.

Foram tantas as possibilidades, que nunca desejei escolher apenas uma. Ou sempre tive medo de assumir para mim mesma o que eu de fato gostaria tanto de ser.
A cobrança aumenta conforme nosso ano escolar vai chegando ao fim, esse tipo de questionamento nós devemos ter a resposta na ponta da língua.
Temos que seguir um protocolo.
Pensar que todos recebem as mesmas oportunidades e que vai ser tranquilo até a formatura.
Um grande ciclo vicioso.
Mais parece que estamos só repetindo a fita, onde não podemos nos desconstruir e seguir por caminhos alternativos.

Isso é sufocante.

Corrói.

E, por fim, nos destrói.

"Eu ainda não sei o que quero ser."
Eu não sabia nem quem eu era, como eu poderia determinar o que desejava ser sem saber quem eu realmente era/sou?

É uma das perguntas que venho mais feito para mim mesma nos últimos cinco anos.
Não sei onde estou. O que estou fazendo. O que quero.
Só reproduzindo.
No automático.
Sobrevivendo.
Não vivendo.

Esquecemos que existem outros pontos que precisamos reavaliar. São sobre a constante mudança. A nossa própria adaptação a toda essa metamorfose que somos.

Somos constantes.
Instantes.
E tudo acontece muito rápido.

Isso diz respeito também ao quão dispostos estamos a sair da nossa zona de conforto.
Ao quanto estamos determinados a aceitar.
Migalhas.
Metades.
Inteiros.

O universo só nos proporciona aquilo que acreditamos ter e merecer.
E não podemos nos contentar com pouco.
Ou metades.
Ou restos.
Merecemos sempre o melhor.

Somos nossas próprias estrelas. Somos como o sol.
Como naqueles dias ensolarados.
São proveitosos. Dias assim são brilhantes e carregados de energia.

Nós somos o Sol.

Merecemos escolher aquilo que faz nossa alma vibrar.
Que nos deixe em êxtase com tantas sensações diferentes para serem digeridas.

Hoje sei que posso ser tudo. E que tá tudo bem ter dias de misérias.
Mas, que antes de mais nada, preciso saber o que esses dias estão me ensinando.



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