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Mostrando postagens de maio, 2019

What I born to be

Me perguntam desde os doze o que eu gostaria de ser quando crescesse. E nunca tive ideia. São muitas possibilidades e uma carga muito pesada para se carregar sobre o que desejamos ser para o resto de nossas vidas. Já tive muitas profissões quando criança. Estilista, arquiteta, administradora, contadora, desenhista, escritora, médica, médica veterinária, bióloga, perita criminal, jornalista. Foram tantas as possibilidades, que nunca desejei escolher apenas uma. Ou sempre tive medo de assumir para mim mesma o que eu de fato gostaria tanto de ser. A cobrança aumenta conforme nosso ano escolar vai chegando ao fim, esse tipo de questionamento nós devemos ter a resposta na ponta da língua. Temos que seguir um protocolo. Pensar que todos recebem as mesmas oportunidades e que vai ser tranquilo até a formatura. Um grande ciclo vicioso. Mais parece que estamos só repetindo a fita, onde não podemos nos desconstruir e seguir por caminhos alternativos. Isso é sufocante. Corrói. E, ...

Told us

Podia sentir o mundo. Tudo intensamente. Tão intensamente que chegava a ser sufocante. Estranho, não? Mais do que isso, era esquisita a sensação de ver tudo acontecendo e ter ainda um peso tão grande nas costas. Parecia que tudo estava certo, mas mais parecia que existia algo fora do lugar. Alguma coisa não se encaixava nessa história toda. Podia dar bons conselhos. Escutar boas histórias como uma boa ouvinte. Estar rodeada de pessoas que adorava e, ainda assim, se sentir sozinha. Cortar laços nunca foi uma coisa fácil. Não quando se apoiava tão fortemente neles. As coisas mudaram tão depressa que não deu tempo de absorver tudo. Respira. Inspira. Respira. Os bons conselhos deveriam ser usados, não só falados. Ninguém lhe diz isso: "use seus próprios conselhos. Seja seu maior exemplo". Ser sua própria âncora não era fácil como diziam. Chegava a ser poético, na verdade. Toda essa história de poder ser autossuficiente as vezes parecia uma grande piada. Uma ho...