Alone


Isso pode parecer bobeira, ou até mesmo criancice
Mas as vezes só posso me explicar em versos.
E desabafar em estrofes.

Ontem, via todas elas, minhas amigas com alguém
De mãos dadas, enchendo-lhes de beijos
Esperando para serem apanhadas
Distribuindo sorrisos, e dando gargalhadas.

As vezes em que me isolei,
Encostei no muro sem nada a declarar
Via toda aquela alegria
E não tinha aonde me encaixar
Apenas porque não me identificava
Apenas porque não tinha alguém.

Continuava ali, esperando que alguém viesse
Esperando que pegassem em minha mão
Ou ao menos, que me desse um beijo;
Que afastasse a minha tão odiada solidão

E hoje, o céu escuro, ameaçava a chover
E logo não demorou para a água descer
O azul do céu desvanecia
Assim como o meu sorriso sumia

Cansada de tudo aquilo, de todas as brigas
Saí correndo para algum lugar.
A chuva era fria, o vento gelado
E ninguém estava ali comigo.

Diminui meus passos
Ao mesmo tempo que me senti ofegar
E mesmo não querendo,
Era inevitável não olhar...
A todos ali, dividindo guarda chuvas

E eu apenas rumando para minha casa
Sozinha, e debaixo da chuva
E apenas repetindo para mim mesma
“Ninguém me quer...”

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