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What I born to be

Me perguntam desde os doze o que eu gostaria de ser quando crescesse. E nunca tive ideia. São muitas possibilidades e uma carga muito pesada para se carregar sobre o que desejamos ser para o resto de nossas vidas. Já tive muitas profissões quando criança. Estilista, arquiteta, administradora, contadora, desenhista, escritora, médica, médica veterinária, bióloga, perita criminal, jornalista. Foram tantas as possibilidades, que nunca desejei escolher apenas uma. Ou sempre tive medo de assumir para mim mesma o que eu de fato gostaria tanto de ser. A cobrança aumenta conforme nosso ano escolar vai chegando ao fim, esse tipo de questionamento nós devemos ter a resposta na ponta da língua. Temos que seguir um protocolo. Pensar que todos recebem as mesmas oportunidades e que vai ser tranquilo até a formatura. Um grande ciclo vicioso. Mais parece que estamos só repetindo a fita, onde não podemos nos desconstruir e seguir por caminhos alternativos. Isso é sufocante. Corrói. E, ...

Told us

Podia sentir o mundo. Tudo intensamente. Tão intensamente que chegava a ser sufocante. Estranho, não? Mais do que isso, era esquisita a sensação de ver tudo acontecendo e ter ainda um peso tão grande nas costas. Parecia que tudo estava certo, mas mais parecia que existia algo fora do lugar. Alguma coisa não se encaixava nessa história toda. Podia dar bons conselhos. Escutar boas histórias como uma boa ouvinte. Estar rodeada de pessoas que adorava e, ainda assim, se sentir sozinha. Cortar laços nunca foi uma coisa fácil. Não quando se apoiava tão fortemente neles. As coisas mudaram tão depressa que não deu tempo de absorver tudo. Respira. Inspira. Respira. Os bons conselhos deveriam ser usados, não só falados. Ninguém lhe diz isso: "use seus próprios conselhos. Seja seu maior exemplo". Ser sua própria âncora não era fácil como diziam. Chegava a ser poético, na verdade. Toda essa história de poder ser autossuficiente as vezes parecia uma grande piada. Uma ho...

How long?

Há quanto tempo a gente espera que as coisas simplesmente se transformem? Há quanto tempo estamos presos esperando por milagres que só nós poderemos executar? Por quanto tempo pretendemos nos esconder do que realmente somos e pelo que nossa alma clama? Por quanto tempo pretendemos mentir mais? Já tem um tempo que as coisas estão diferentes. É, realmente não é nada fácil. Não é fácil encarar nossas fraquezas, nossos defeitos, nossas inseguranças, nossas confusões. Mas, antes de mais nada, tudo isso faz de nós o que somos no agora. O nosso presente.  Nós cansamos de viver presos aos " e se's". Estamos cansados de nos escondermos do que nós somos de fato.  É cansativo fugir.  Nos preocupamos tanto com o passado, com o futuro, que esquecemos da dádiva que é ter o presente.  O Agora! Simplesmente esquecemos.  E por quanto tempo isso vai durar? Isso só você poderá dizer. 

We are

Sou feita de acasos, pedaços, atos inacabados. Sou feita das sombras, dos cantos, da prolongada noite. Sou feita, portanto, de fragmentos, momentos e instantes. Sou portanto tudo aquilo que almejo ser. Sou portanto o que sou. Sou aquilo que tudo quer e tudo contempla. Sou o que sou por desejar ser. O "eu" é tão autentico quanto qualquer outro. somos um único ser buscando transbordar todo amor do mundo. Não somos feitos de metade. Somos inteiros. Quando inteiros se encontram transbordam amor, paixão e contemplação. Somos tudo aquilo que queremos ser. Somos o todo.

Transborde

Estamos cheios de falsos amores. Nos prendemos ao pouco que nos é oferecido e acreditamos que é o que merecemos. Na verdade, você vale muito mais. Não aceite metades ou restos. Aceite inteiros; Inteiros juntos transbordam

Coffee

O expresso era forte, sem açúcar. Puro. Semelhante aos seus olhos. Duas pedras de ônix. Amargo e bem quente. A mesma mesa de canto, acompanhado sempre de um livro e do café forte. O mesmo terno na parte da manhã e ao anoitecer, um moletom antigo de um time qualquer. Eram poucas as vezes que carregava consigo um caderno ou então um tablet. Algo onde pudesse escrever suas crônicas. Não  era de conversas que gostava, por isso estava sempre mais afastado de toda a movimentação da cafeteria. Devia ter quase trinta anos, mas estava em boa forma. Com cabelos tão escuros quanto o café e a pele tão clara como a neve. Um pretendente voraz ao cargo de "príncipe encantado", você não devia saber, se sabia, ignorava para que ninguém nunca o notasse. Só não era nomeado e cortejado como tal, pela carranca no belo rosto. Havia um loiro tagarela que pelos rumores dali, seria  o melhor amigo. Opostos completos, deve-se acrescentar. Enquanto um falava pelos quatro ventos, o outro era ...

Viver

Vivendo um sonho adolescente descobrindo tudo o que eu posso fazer primeiro você sonha depois te dizem que isso é tolice ai você entende, que a tolice, é só uma chatice